Conta a estória popular que um dia, à tardinha, quando um senhor chamado Antônio Dornelles estava na ponte de sua fazenda avistou algo brilhar à margem do Rio Moju, que lhe chamou atenção e logo, mandou um de seus escravos averiguar qual objeto produzia tal brilho. O escravo retirou então da lama um objeto dourado em forma de pomba, que logo foi identificado como a pomba do Divino Espírito Santo. Antônio Dorneles de posse da Pomba do Divino mandou confeccionar uma coroa de prata para colocar a Pomba, e erigindo uma pequena capela que logo se tornou centro de animação da fé do povo mojuense.
Na visita do bispo de Belém, Dom Frei Miguel de Bulhões, Dornelles propôs ao Bispo que daria suas terras ao Divino Espírito Santo se ali fosse erigida uma freguesia, proposta que muito agradou o bispo que, então, erigiu a freguesia em junho de 1754.
Existem em Moju, duas Coroas do Divino. Uma menor que o povo reconhece como a mais antiga e cuja pombinha seria a tal que Antônio Dornelles viu brilhar a margem do Rio Moju. A segunda dita a mais nova, é bem maior e na bandeja tem uma inscrição datando de 01 de novembro de 1878, sendo que o mandante desta confecção foi o senhor Queiros. Ambas são de prata com a pomba de ouro (segundo populares), de uns trinta e cinco centímetros de largura por cinquenta de altura onde em cima, num globo está uma pomba dourada. Nas coroas é notório o envelhecimento e o mau uso visto que são varias as danificações apresentadas.
Também populares contam que as coroas eram muito mais ornadas, devido vários roubos elas estão somente com as pombinhas de ouro. O cetro de ouro e pombinhas que rodeavam as coroas e que eram ditas de ouro foram roubadas. Até a década de oitenta as esmolacões eram realizadas com as duas Coroas, uma indo para a região do Alto Moju e outra para a região do Baixo Moju..
"Informações extraídas do TCC do Pe. Adamor, que foi pároco de Moju"
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