Engenho Juquiri, uma viagem na história mojuense

By | janeiro 28, 2020 Faça um comentário
Compartilhamos agora este importante registro de 1875, descrito pelo naturalista francês Paul Marcoy, quando em sua viagem pela América do Sul, que para chegar a Belém passou pelo rio Moju. Este é o desenho do então Engenho Juquiri.
Confira o texto que o mesmo escreveu sobre o lugar, numa tradução livre.
O segundo refluxo da maré nos flutuou sob as paredes de um engenho de moer cana - em um sitio com o nome de Juquiri. Não muito longe do mesmo lugar era um vasto pátio de madeira, um depósito ou entreposto - não sei qual - de construção de madeira pertencente ao estado. O dia era sábado e, como o sábado está muito próximo do domingo, e domingo em um país cristão é um dia de descanso, a cessação do trabalho no estabelecimento de açúcar foi anunciado às seis horas da noite pelo som de um violão e o barulho de vozes misturadas, que às dez horas lembrava o uivo de bestas ao invés da expressão de alegria humana. Como o fato ocorreu no interior do edifício, não conseguimos ver o que acontecia, de modo que o piloto e os remadores foram reduzidos a conjecturas quanto à provável causa do tumulto, que o primeiro nome atribuiu a um casamento Tapuya, e o segundo ao aniversário de um santo, a quem eles honraram à moda americana com danças, músicas e algumas garrafas de eau-de-vie. Quanto a mim, nada sabendo do país ou das maneiras de seus habitantes, eu não tinha nada a dizer sobre o assunto e estava contente em ouvir. Certamente, se a intensidade do prazer deve ser medida pelo ruído aqueles que fazem e quem participa, as pessoas que ouvimos sem ver devem ter se divertido muito de fato.
O ENGENHO JUQUIRI – 1875
TRAVELS IN SOUTH AMERICA FROM THE PACIFIC OCEAN TO THE ATLANTIC OCEAN.
BY PAUL MAKCOY.
LONDON: BLACKIE & SON, PATERNOSTER BUILDINGS, EC; GLASGOW AND EDINBURGH. 1875.


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