Aos meus leitores, apresento-vos este livro, fruto de uma espera que agora se faz possível. Desde muito tenho escrito alguns textos que ficaram guardados à espera. Ei-lo! Meus agradecimentos aos amigos Tiese Teixeira, nosso escritor mojuense que me deu muita força para que isto fosse possível, minha amiga de sempre Waldenora Santos, que com maestria escreveu a contracapa e por fim, à poetisa mojuense maior, Edna Maia, que me presenteou com este prefácio que vos apresento; só sua leitura já faz à pena ler o livro.
Prefácio
Amar. Experiência ímpar. Verbo supremo. São tantos os amores
experimentáveis pela vida afora; eloquentes, incertos, proféticos, platônicos. Amores
expondo o avesso do Ser. Amor é círculo, risco e motivo eternizado pelo ato de
poetizar. Estar no outro, chorar o outro, ser o outro. Destituição imensurável
do orgulho que se faz algoz da alma e aquecedor do ego em decomposição.
Seria o amor, por certo, indefinível, indescritível, não fosse a
insistência do poeta. Esse ser que insiste espalhar seu canto em formato de
prece. Prece que se traduz em som revisitado, louvando gotas da ternura,
esparsas pelo mundo afora – e pelo mundo adentro a sussurrar em nós.
Dores de ausência. Noites de saudade, acalentada por insana pressa
de encontrar a bússola, perdida em rastros de uma paisagem esquecida nos sonhos
e devaneios frágeis dos enamorados, numa tentativa mágica de reencontrar-se.
Fruição incontida é o amor. Fonte inesgotável de sementes várias.
Aquele “perder a noção da hora” desentranhado, submergindo frágil em busca de
constante luz.
E é assim o parto de todo poema emprenhado de amor. Raízes de
palavras que saltam da língua, repetindo-se até a exaustão. E falam da alma do
espaço, mundos desconhecidos e colo da mulher amada. Palavras-gritos, versos
inversos e canções imortais.
Poemas-reflexos de “madrugadas”, de “choro em dó maior”. “Sem
medida” ou “dia marcado”. “Além de todo sentimento”, escritos “para alguém em
algum lugar”, “nas entrelinhas”, “autorretrato”, “catarse”, “sons aos milhões a
invadir as veias”, “do silêncio das noites perdidas” ao “jorrar das lágrimas da
cidade, incrustada na “pedra do cemitério”, vertendo a tristeza nas veias da
sociedade. É para serem lidos vagarosamente. E a sensação esquisita de que
demorou pouco, nada tem a ver com facilidade. É bom experimentar reler, e
repetir incansavelmente, para sentir então o peso de cada palavra e vê-la
gotejar pela página impressa, deixando-a marcada por mágica faísca de energia pulsante
As estrofes desse livrinho doce, mostram-se e fervem,
delicadamente assim. Cada verso, às vezes morno, é como se fosse escrito sempre
em um final de tarde, às margens do rio Ubá sempre tranquilo, envolto em rastros
de imagem única, revisitado pela memória de amores perdidos, mas guardando a
certeza de que muitos ainda haverão de chegar
Edna Maia
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